VENDAS DE IMÓVEIS CRESCEM, DEPOIS DE UM PERÍODO DE CRISE

Após uma crise no setor imobiliário na RMC (Região Metropolitana de Campinas), que se arrastava desde o início do ano, agora o mercado dá sinais de aquecimento, segundo o delegado regional do Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), José Carlos Sioto. “Desde fevereiro a região vivia um período de poucas negociações, mas agora, após as eleições, está havendo uma recuperação”, afirma.

De acordo com ele, o pior período foi entre meados de agosto e outubro, quando a procura por imóveis de todas as faixas de preço nas imobiliárias caiu pela metade, e “surpreendentemente, após a eleição começou a aumentar”, mas segundo ele, não há uma explicação concreta para que o reaquecimento do mercado tenha começado após o pleito.
Sioto explica que durante a crise, os imóveis estavam supervalorizados, e as vendas acabavam ficando “encalhadas”. “Tinha imóvel que estava sendo anunciado há quase um ano e não vendia”, conta. Para ele, muitos corretores jovens e inexperientes ingressaram no mercado no ano passado, e as avaliações equivocadas dos imóveis acabaram elevando os preços e provocando a crise. “Agora, como houve essa percepção de que com os valores lá em cima, nem sempre correspondidos pela qualidade dos imóveis, está começando a haver negociações entre comprador e vendedor para que cheguem a um preço que seja bom para ambas as partes”, explica.

Atualmente, Sioto conta que as vendas aumentaram, principalmente de imóveis na faixa entre R$ 120 mil a R$ 300 mil. “Há muita procura por lançamentos de empreendimentos imobiliários, e a facilidade de financiamento acaba atraindo os compradores que querem investir em um imóvel ou sair do aluguel para uma moradia própria”, relata.

De acordo com Fábio Santa Rosa, diretor coordenador do Diac (Departamento de Imobiliárias e Administração de Condomínio) da Acia (Associação Comercial e Industrial de Americana), não houve crise imobiliária na cidade, “houve uma estabilidade durante o ano todo, em relação ao ano passado, que foi mais complicado”, diz. “A partir de outubro notamos também o aumento na procura por imóveis, mas isso é algo sazonal, já que muita gente que pretende se mudar aproveita o final do ano para entrar no ano novo de casa nova”, completa.


A movimentação no mercado de compra de residências mais baratas acabou aquecendo também o mercado de locações, que acabaram ficando mais baratas. Ele explica que como muita gente sai de casas de aluguel, esses imóveis ficam vazios, e o locatário acaba baixando o preço para poder atrair um novo inquilino, e então pessoas que moravam de aluguel e pagavam uma taxa mais alta, acabam agora procurando lugares que sejam mais baratos, mas que mantenham o mesmo padrão. 

A estimativa é que desde outubro, a busca por casas de aluguel tenha aumentado cerca de 30% na região, e o barateamento nas locações também inclui imóveis comerciais.
De acordo com Rosa, o aluguel continua tendo procura porque quem quer comprar um imóvel considera pontos diferentes de quem quer alugar. “Quem quer comprar um imóvel quer mais estabilidade, diferente de quem aluga, que prefere essas condições e nem sempre estão estáveis economicamente para dar entrada”, explica.


Em relação aos imóveis mais caros, a partir de R$ 400 mil, Sioto afirma que a procura por compra continua na média. “É nessa faixa de valor que comprador e vendedor negociam mais, permutam”, explica.

Para que o interessado em adquirir ou alugar um imóvel não caia em ciladas, e que adquira um bem com valor justo e com a qualidade esperada, Sioto orienta que é importante que o comprador confira se o corretor é credenciado pelo Creci, se a imobiliária também está inscrita no Conselho, e se há algum registro de problemas com o estabelecimento.
“Isso tudo pode ser feito pelo site www.crecisp.gov.br, e evita que a pessoa caia em golpes de imobiliárias que não existem ou falsos corretores”, afirma.

Autor: LETÍCIA GUIMARÃES DOS SANTOS - UOL - TODO DIA

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