POLÍTICA IMOBILIÁRIA BRASILEIRA

imoveis campinas - isme imobiliária

Ao longo dos últimos anos tem-se observado um rápido crescimento do mercado imobiliário brasileiro, que está baseado na política governamental de incentivo ao crédito imobiliário, basicamente por meio da redução das taxas de juros e facilitação da liberação empréstimos, sem muita preocupação com garantias.

Com base na política de econômica acima referida, houve um rápido crescimento do setor imobiliário brasileiro com geração de renda e empregos. Essa situação de aparente bonança econômica, como diria o liberal francês Fédéric Bastiat, é aquilo que se vê, sendo que não se vê a repercussão negativa dessa política na economia no longo prazo. Quer queiram ou não, há uma conta que precisará ser paga relativamente ao crédito imobiliário fácil injetado na economia brasileira. A questão é como essa conta será ou está sendo paga.

Uma reposta seria afirmar que essa conta será paga por aquelas pessoas que obtiveram o empréstimo da Caixa Econômica Federal. Porém, parte dos empréstimos realizados pela Caixa Econômica Federal foram realizados com alto risco, pois foram concedidos a um tomador que não oferece garantias suficientes para se beneficiar da taxa de juros mais vantajosa oferecida por essa instituição governamental. Isto pode caracterizar uma situação de empréstimo subprime, similar aquela ocorrida nos EUA, e que gerou a crise de 2008, ou seja, empresta-se dinheiro para quem tem baixa capacidade de pagar o empréstimo.

Os defensores da atual política diriam que há um déficit de habitação no Brasil que está sendo suprido por essa forma de emprestar e que o governo garantirá esses empréstimos. Assim, esse dinheiro barato permite que pessoas que antes não tinham casa própria passem a tê-la.


O argumento acima é tentador e tem um forte apelo social, contudo é preciso entender que ele é demagógico e meramente político, ou seja, não possui uma base econômica sólida.

Contudo, caso os tomadores dos empréstimos não possuam dinheiro para pagar, o governo terá de pagar os empréstimos e quem paga o governo é toda a sociedade brasileira através dos impostos.


Tanto é verdade que quem paga e pagará a conta dos possíveis empréstimos subprime da Caixa Econômica Federal são os brasileiros, que no ano passado o governo injetou R$ 13 bilhões do Tesouro Nacional nessa instituição, por meio da Medida Provisória 581/2012. Esse dinheiro repassado à Caixa não surge do nada para o governo, ele é obtido através da cobrança de impostos e das vendas dos títulos da dívida pública. 

Embora ninguém saiba ao certo se haverá o estouro de bolha imobiliária no Brasil, caso o governo continue inflando artificialmente o mercado imobiliário até seu limite, poderá haver uma forte contração econômica no futuro, porque todos os brasileiros precisarão pagar o prejuízo amargado pela Caixa Econômica Federal, se os empréstimos não forem horados no futuro por seus tomadores. Logo, toda a sociedade poderá sofrer com o desemprego de um eventual quadro recessivo causado pelo subsídio governamental excessivo ao mercado imobiliário.

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