Economia em caçambas chegou a R$ 30 mil na reforma dessa casa paulistana, baseada no concreto ciclópico, projetada pelo arquiteto Anderson Freitas.
O arquiteto Anderson Freitas, do escritório Apiacás Arquitetos, foi contratado por um casal paulistano para transformar uma velha casa da década de 50, localizada no bairro Pacaembu, em São Paulo-SP, na moradia confortável com que os dois tanto sonhavam. Na primeira visita ao local, o arquiteto, que costuma projetar e administrar as obras que assume, já percebeu que a reforma no sobrado geraria uma enorme quantidade de entulho para atender a um dos desejos do casal: eliminar as paredes do térreo que compartimentavam a área social.
Procurando uma solução, Freitas sugeriu para seus clientes que optassem por reforçar a casa com concreto ciclópico, uma mistura usada desde a Grécia antiga em muros, barragens e contenções, que incorpora grandes blocos de pedra. Para convencer os clientes da solução, o profissional foi persistente. Fotografou as paredes onde o designer e arquiteto Rafc Farah havia empregado a mistura (nesse caso, com cacos de cerâmica, restos de entulho e tijolos) e apresentou a técnica ao casal.
Proposta aprovada, dois testes no canteiro de obras e alguns treinamento de pedreiros depois, o arquiteto conseguiu, com a utilização do concreto ciclope, erguer uma base sólida que viabilizou os grandes vãos livres no térreo.
ENTENDA O CASO
“Me disseram que o concreto ciclópico leva esse nome porque é muito forte, nem o ciclope destrói. Será?”, disse o arquiteto Anderson Freitas. Na reforma do sobrado, foi utilizado nos muros e nas paredes da sala e estabeleceu uma plataforma robusta sobre a qual repousa a parte visualmente mais leve da casa, de alvenaria convencional pintada de branco. As divisórias, de 25 cm de espessura, foram executadas na reforma em fôrmas montadas com tábuas. Cada fiada era preenchida com argamassa de cimento e cacos de tijolo dispostos cuidadosamente. No acabamento, resina de silicone (Acqüella, da Vedacit/otto Baumgart). O recurso construtivo exigiu o reforço da fundação e a adoção de algumas vigas metálicas.
No resultado final da reforma do sobrado, as seguintes alterações: a cobertura original do telhado foi trocada por uma do tipo metálico, para não sobrecarregar a estrutura; algumas paredes foram eliminadas e a escada foi reposicionada para uma maior integração da sala; no térreo, os corredores laterais também foram incorporados, viabilizando os 6,20m de vão sem apoios; nos fundos, a edícula veio abaixo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui a sua mensagem!! Obrigada!!