FINANCIAMENTO DE IMÓVEIS DE LUXO


Pesquisa revela que entre 2009 e 2013, consumidores de imóveis acima de R$ 1 milhão em São Paulo aderiram ao financiamento como forma de planejamento financeiro; em Belo Horizonte aumenta procura por imóveis acima de R$ 500 mil

Imóveis acima de R$ 500 mil são os mais procurados em Belo Horizonte e São Paulo

Um levantamento feito pela imobiliária de alto padrão em São Paulo, Coelho da Fonseca, revela uma alta de 686% na quantidade de financiamentos contraídos no primeiro trimestre de 2013, quando comparado ao mesmo período de 2009. Segundo a pesquisa, se considerado o volume de recursos para esses financiamentos, o aumento chega a 1.362% nos últimos cinco anos.

Para o diretor de financiamentos da incorporadora, Claudio Costa, a variação nos juros influenciou no crescimento do mercado imobiliário de luxo. "A baixa taxa de juros, de 8,5% ao ano em média é, sem dúvida alguma, um dos principais fatores para aumento nos financiamentos concedidos", explica.

"Não só. Um movimento que temos percebido é que o brasileiro deixou de associar financiamentos a falta de dinheiro e passou a enxergá-lo como uma modalidade de planejamento, com a viabilização de seus desejos e projetos, sem perda de dinheiro e sem abrir mão da liquidez", completa o executivo.


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De acordo com a Coelho da Fonseca, mesmo clientes com condições de comprar o imóvel à vista e até aqueles com perfil mais conservador têm optado pelo financiamento. Na visão da empresa, dada a incerteza em relação ao futuro da taxa Selic, se a idéia é financiar, este é o momento ideal para fazer tal opção. "Nunca houve momento tão oportuno. Com a taxa de juros atual, qualquer valorização de 7% do imóvel já é suficiente para cobrir os juros pagos à instituição financeira", conclui o diretor da imobiliária, que trabalha em parceria com o Banco Itaú.


Clientes com condições de comprar o imóvel à vista têm optado pelo financiamento
Na região, os bairros mais cobiçados pelos consumidores da classe A são os de Belo Horizonte, o metro quadrado nessas localizações custa, em média, entre R$ 7 e 15 mil, segundo dados do Sindicato da Construção Civil de Minas Gerais (Sinduscon-MG). Ou seja: um apartamento de 120 metros quadrados chega a custar R$ 1,8 milhão – valor que se encaixa no mercado imobiliário de alto luxo.

Entre os consumidores que procuram imóveis com este perfil na região também está o paulistano. Um dos corretores licenciados da i-Uni Brasil de São Paulo atendeu a cinco demandas somente no mês de maio. O objetivo seria encontrar imóveis acima de R$ 500 mil - que se enquadram no segmento de alto luxo. Cerca de 40% dos imóveis encontrados nos sites de anúncios pelo corretor estavam acima dessa faixa de preço, confirmando o bom momento vivido pelo mercado imobiliário de luxo em Belo Horizonte.

Conforme dados recentes do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), foram lançados, entre janeiro e outubro do ano passado, em Belo Horizonte, 412 apartamentos de alto padrão com valores superiore a R$ 500 mil. Esses lançamentos e vendas no mercado imobiliário devem subir este ano, em decorrência de um crescimento maior da economia e pelo aumento do crédito habitacional, o que proporciona expectativas mais positivas para os compradores.

A redução das taxas de juros para a compra de imóveis acima de R$ 500 mil, estabelecida pela Caixa Econômica Federal no final do ano passado, também contribuem para o crescimento deste nicho de mercado. Para clientes que não possuem relacionamento e conta corrente no banco, as taxas de juros efetivas foram reduzidas de 9,9% para 9,4% ao ano. Já os clientes que possuem relacionamento e conta salário na Caixa, tiveram redução nas taxas de 8,9% para 8,4% ao ano.

De acordo com o diretor geral da i-Uni Brasil, Rodrigo Caporrino, entre as cidades de Minas Gerais que se destacam no mercado imobiliário de luxo estão Nova Lima, Lagoa Santa, Uberlândia, Juiz de Fora e João Monlevade. “Nossa rede recebeu 232 contatos de clientes interessados em abrir uma imobiliária nestas regiões somente no período entre janeiro e maio. Graças à Copa do mundo e às Olimpíadas, os negócios só tendema crescer, já que o ritmo de trabalho praticamente dobrou nas imobiliárias da região, segundo o CRECI – MG”, afirma.

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